Fim da busca do Cruzeiro por 'leilões' no mercado

Pedro Martins, Diretor do Futebol do Cruzeiro
Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Recentemente, algumas notícias referente à busca do Cruzeiro por reforços no mercado da bola, frustrou, de alguma forma, os torcedores que esperavam ter alguns jogadores que chamam a atenção no mercado sul-americano. Nomes como Bruno Valdez, Almendra, e até mesmo o caso passado de Lucas Romero, eram possibilidades de possíveis chegadas à Toca da Raposa, mas que, por algum motivo, acabaram desviando suas rotas, e fecharam com outros clubes pelo exterior.


Os cenários para cada tentativa de negócio com estes nomes, tinham seus diversos cenários distintos, a 'novela' sobre o destino final de Romero, o acordo prestes a fechar que acabou em 'chapéu' do Boca Juniors com Valdez, e o desfecho após semanas de 'toma lá da cá' com a sondagem de Almendra, que vai parar na Espanha. O Cruzeiro, na busca intensa pela recomposição e a formação de estrutura do elenco para 2023, não teve a mesma sorte com os estrangeiros, para trazer maior capacidade e forma ao plantel de Pezzolano.


Agora, olhando os fatos que temos, a partir da atual filosofia de gestão, junto à realidade atual do clube, creio que não seja o momento para elevarmos a um momento de frustração, estresse, ou algo parecido, pois mesmo sabendo da importância que poderíamos ter com outros atletas que poderiam aparecer no lado azul da lagoa, não é o momento de 'fazer loucuras' e colocar a linha de reconstrução em risco.


A realidade do clube não é novidade para ninguém, o clube que estava em UTI através dos frutos das más gestões, vive seu cenário de recuperação com a formalização da SAF e a chegada do Ronaldo, e estão na busca de 'purificar' as diversas dificuldades financeiras que o Cruzeiro ainda enfrenta em dívidas. A atual filosofia é clara e reta para esta temporada, as contratações estão vindo com acordos alinhados ao cenário econômico, de produtividade, e que seja algo favorável tanto ao atleta quanto ao jogador. Uma ideia que já resulta na vinda de mais de 'um time inteiro' de jogadores, mesmo com as diversas saídas após o título da Série B.


Relembro quando o CEO do Cruzeiro, Gabriel Lima, disse em entrevista à Itatiaia, que a ideia de jogadores 'de aeroporto' chegou ao fim, e que os reforços virão eventualmente conforme a condição financeira do clube, uma ideia que não se via há tempos nos bastidores celestes, sendo a forma mais correta a se seguir atualmente.


Diante de todo o cenário que o Cruzeiro vive, devemos enxergar o fato que uma filosofia 'pés no chão' não participará de leilões, nem novelas, e não fechará um contrato de grandes regalias para atender tudo aquilo que o jogador espera. Não é o momento do clube repetir o que tínhamos no passado, quando se acatava tudo aquilo que um atleta desejava com valores exacerbados em salários, luvas, e bônus com objetivos simples, foi assim que começamos a ter o cenário assustador nas contas celestes.

Assim segue o nosso time, se preparando de forma firme e dedicada para mais uma temporada, focados em uma Série A difícil, brigando por uma posição razoável, flertando uma possível vaga na Sul-Americana, mas visando um futuro de glórias que virão ao decorrer do tempo, com paciência e seriedade nos trabalhos, e sem buscar por estes 'leilões' que podem criar crateras para a saúde do clube, construindo um verdadeiro planejamento.

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