|
Foto: Ettore Chiereguini/AGIF |
O fim de semana causou um alvoroço no mercado com a indecisão do atacante Dudu sobre sua transferência do Palmeiras para o Cruzeiro. Entre a pressão dos alviverdes, pronunciamentos e outros eventos, a situação tornou-se desgastante para todos. O atleta manifestou o desejo de sair, e Raposa e Porco haviam chegado a um acordo.
A novela começou com os lados buscando que o acordo fosse cumprido diante da indecisão, com a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, mostrando profissionalismo e postura na negociação com o clube celeste, praticamente "demitindo" Dudu em rede nacional. No final, a proposta foi encerrada e o jogador permaneceu na Barra Funda nesta noite de segunda-feira (17). Sinceramente, este foi o melhor desfecho possível para o Cruzeiro, e isso se aplica a dois cenários semelhantes.
O primeiro é o gasto iminente que o clube teria com um jogador que ficou cerca de 290 dias fora dos gramados por lesão, com um salário altíssimo e um custo elevado para a aquisição de Dudu. Pelas condições divulgadas na imprensa durante a novela, pode-se ter certeza de que Pedro Lourenço e Alexandre Mattos têm totais condições de trazer outro jogador de melhor qualidade.
O segundo é a falta de respeito de Dudu com o clube que o formou. Como o atleta pode manifestar o desejo de sair, dar sua palavra para todos os envolvidos, e no final criar alvoroço? Onde esteve o caráter e o comprometimento com a decisão que havia tomado? No fim da história, ele se queimou no futebol brasileiro, especialmente com os dois times envolvidos.
É melhor mesmo que um jogador sem convicções fique onde está. Afinal, não adianta trazer uma peça que não tenha vontade de jogar e representar a camisa. O Cruzeiro Esporte Clube precisa de pessoas que realmente queiram fortalecer as cinco estrelas, compromissadas e com identidade.
A nova SAF já está dando seu recado ao mercado do futebol brasileiro. Será necessário apenas rever a necessidade de anunciar acordos da forma atual. É mais prudente "postar" quando a caneta assinar os papéis do contrato legítimo. De toda forma, o novo projeto segue ambicioso, mais do que nunca, e a imagem do Cruzeiro resplandece mais forte. Nenhum jogador é maior do que o clube!
O Atlético Mineiro é uma sociedade de economia mista, capitalizada com dinheiro público e privado. Falido duas vezes, foi socorrido na década de 1980 por dinheiro da Prefeitura. A preço de mercado, vendeu-lhe o mais valioso terreno de BH, o campo de Lourdes. Depois, o retomou, inteiramente de graça. Sobreviveu à 1a falência graças à vergonhosa engenharia financeira arquitetada por grande parte da classe política mineira (a mesma responsável pela quebra da MinasCaixa, do Bemge, etc...). Nos últimos anos, faliu de novo. Foi socorrido por empresas que faturaram muitos bilhões nos governos Lula/Dilma/PT. Portanto: (i) quando um clube de futebol só existe em razão da injeção "na veia" de um volume impressionante de dinheiro público , a competição torna-se desleal ; (ii) como todo bom pagador de impostos, sou co-proprietário daquela "bagaça"!
ResponderExcluir