O Cruzeiro e a necessidade de gerenciar o Mineirão

 


A foto que inicia essa notícia, é datada do ano de 2018. Essa informação é extremamente importante, para mostrar que os problemas com shows no gramado no Mineirão não é dos dias atuais. O Cruzeiro tem problemas com a Minas Arena desde o ano de 2013, quando o estádio terminou sua reforma para a Copa do Mundo e começou a gestão da empresa. Foram muitos anos tentando conseguir uma parceria definitiva para mandar os jogos no estádio, porém a Minas Arena nunca jogou junto para permitir essa união.


Problemas com a empresa gestora do estádio se tornaram recorrentes, não só com a dificuldade para mandar os jogos no Mineirão, mas para o público em geral. Por anos, a Minas Arena cobrava preços absurdos na área central do estádio, o "Setor Vermelho inferior", como na temporada 2013/2014 onde o setor ficava vazio muitas vezes pelo preço ou não liberação de público. O tempo passa, mas as coisas não devem ser esquecidas, pois não são atuais. Outro fator foi com as faixas espalhadas pelo estádio, como por exemplo a proibição de colocar uma faixa na área central do estádio, com os dizeres "Toca da Raposa 3", muitas vezes removida ou solicitada a remoção.


Jogos durante a temporada não puderam ser no estádio, o que prejudicou o clube com o alto nível de deslocamento em pouco tempo, afetando não só o treinamento como a qualidade do time em campo, e ontem não foi diferente. O Cruzeiro foi prejudicado pelo estado do gramado, onde uma bola cabeceada pelo Henrique Dourado só não entrou no gol, por ter quicado no chão e desviado o seu percurso, perdendo a força e a velocidade, dando a possibilidade do zagueiro do Grêmio tirar a bola em cima da linha e evitar o gol Celeste. Não só isso, uma estrutura de Show que está FIXA no Gramado do Mineirão, diminuiu a capacidade total do público no estádio, torcida que faz a diferença em todos os jogos e já ajudou o time a decidir muitos jogos, com apoio nos 90 minutos. Claro que não faltou apoio ontem, mas o público total do estádio causa uma força muito maior.


O Cruzeiro precisa definir sua casa fixa para a temporada e buscar medidas para gerenciar o estádio ou construir um próprio. Não deveria haver necessidade de construção de um estádio próprio e não vejo como vantagem possuir um, mas com a falta de garantias de um local fixo para mandar os jogos das competições, se tornou uma necessidade. O Mineirão deixa que o Estado converte pra casa de shows, para se tornar o novo "Chevrolet Hall" de Belo Horizonte.

Um comentário:

  1. Antes de emitir opinião à respeito da Minas Arena e do Mineirão, recomento a leitura de 4 elementos básicos: 1) Edital de Licitação da Obra; 2) Estudo feito pelo Estado denominado PPP; 3) Contrato de Concessão; 4) O Plano de Negócios elaborado pela Minas Arena e APROVADO pelo Estado de Minas. Você, inteligente que é, vai chegar, no mínimo, a 4 conclusões: 1) o Mineirão dá (e sempre dará) prejuízo porque ele é antiquado e sua reforma o manteve assim, ou seja, para ser um estádio de futebol e só; 2) A finalidade do Mineirão, após a Concessão, não é "para jogar futebol", mas, sim, "para dar lucro"; 3) O Cruzeiro não quer ficar com o Mineirão (volte ao item 1); 4) o Cruzeiro quer que o ESTADO tome o estádio da Minas Arena e fique com o ônus da manutenção enquanto o Cruzeiro ficaria só com o bônus por jogar no estádio; 4) o ESTADO também não quer quebrar o Contrato da Concessão por dois motivos básicos e sem importância: a multa é de R$ 1 bilhão e a manutenção "ad aeternun" do estádio custa algo próximo de R$ 5 milhões por mês. Ah, sim, em tempo: A Minas Arena será "a dona" do Mineirão até 2037 com possibilidade de, POR CONTRATO, estender tal prerrogativa por mais 7 anos, ou seja, até 2044. Abraços, querido, e, por favor, não apague a minha mensagem. Ela não contém grosserias ou desrespeitos.

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