Aprendamos a valorizar os verdadeiros ídolos do Cruzeiro

Foto: Divulgação/Cruzeiro

De que é feito um ídolo?

O ser ídolo pressupõe uma pessoa respeitada e admirada pela maioria; algo próximo de um herói.

Trazendo isso para a realidade do esporte, em geral, são muitos os atributos e características valorizados pelos torcedores. Boa técnica, raça, dedicação, amor à camisa, respeito pela instituição e títulos conquistados são alguns poucos exemplos.

No caso do futebol, principalmente aqui no Brasil, em que milhões de pessoas acompanham, diariamente, tudo o que ocorre com seu clube do coração, muitos jogadores chegam a ser idolatrados. Contudo, está cada vez mais difícil encontrar jogadores que realmente se dedicam a um clube e mereçam o status de ídolo.

Os casos de jogadores que passam vários anos em uma mesma equipe são raros, mas existem. No Cruzeiro, podemos citar o volante Henrique, o zagueiro Léo e o goleiro Fábio. O nosso camisa 1, inclusive, é o jogador que por mais vezes vestiu o manto celeste.

O recente imbróglio envolvendo Arrascaeta deixou grande parte da torcida cruzeirense decepcionada com o jogador uruguaio. Quando ele chegou ao Cruzeiro, ainda era um jovem desconhecido. Aqui, ele recebeu preparo físico e técnico; foi lapidado para se tornar um jogador decisivo e de grande importância.

Inegavelmente, chegou a marcar história em nosso clube; é o estrangeiro com mais jogos disputados e gols marcados com a camisa do Cruzeiro. Além disso, sempre deixou a sua marca, com gols importantes nos clássicos regionais, contra Atlético e América, sendo que um deles até chegou a concorrer ao Prêmio Puskas, e em finais de Copa do Brasil, contra o Flamengo, no Maracanã, e Corinthians, na Arena de Itaquera.

Veja bem, ele fez gols em dois jogos de final e nos ajudou a conquistar o bicampeonato consecutivo da Copa do Brasil. Chegou a disputar uma Copa do Mundo, graças a seu desempenho no Cruzeiro.

E, em menos de uma semana, jogou fora tudo o que conquistou conosco. Parece inacreditável, mas é a verdade.

Tudo isso me fez pensar em um jogo festivo ocorrido em 2018, entre as estrelas do Cruzeiro; os campeões da tríplice coroa e outros jogadores históricos. Todos eles tinham características em comum: além dos títulos conquistados, o enorme respeito pela instituição, pela camisa e pela torcida. Ali, sim, tínhamos ídolos de verdade.

E foi exatamente isso que faltou a Arrascaeta, com essa provável saída pela porta dos fundos. Não houve respeito com a instituição, com a camisa, com a torcida. O dinheiro falou mais alto e seduziu esse jogador uruguaio. Infelizmente, é algo cada vez mais comum no mundo do futebol. Em muitos momentos, falta profissionalismo. E muito.

Será que não se fazem mais ídolos como antigamente?

Acredito que sim. Os já citados Fábio, Léo e Henrique estão ai para provar. Muitos outros durante nossa história também foram importantes, como os meus grandes ídolos Juan Pablo Sorín e Marcelo Ramos. Só devemos valorizá-los cada dia mais, por sempre elevar o nome do Cruzeiro. Não basta apenas conquistar títulos. Ser ídolo vai muito além. 

Já foram vários a vestir a camisa 10 celeste. Alguns entraram para a história, como Alex e Dirceu Lopes. Outros, não deram tão certo e não deixaram saudade. Arrascaeta estava no caminho para se tornar um ídolo, mas desperdiçou a sua chance. Ele pode até querer voltar, pedir desculpas e tentar continuar, mas não será a mesma coisa. O estrago está feito. Cabe à diretoria, agora, buscar o melhor negócio possível para o Cruzeiro e que cada um siga a sua vida.

O Cruzeiro continuará gigante. Sempre foi assim. A história não mente, jamais vai mudar. Quem saí pela porta dos fundos, por outro lado, nem sempre é bem sucedido. Coisas do futebol, talvez.

Continuemos com nosso apoio, em 2019. Pelo Tri, pelo Penta, pelo Hepta. Aqueles com vontade de vestir a camisa do Cruzeiro precisarão, e muito, de nós durante a temporada. Estejamos preparados para a guerra.

Que venham muitos títulos e apareçam novos ídolos.

Para cima deles, Cruzeiro.

17 comentários:

  1. Ídolos são poucos como os citados pelo colunista, sem esquecer o saudoso Zé Carlos o segundo que mais vestiu o manto estrelado, o bailarino Joãozinho e mais alguns poucos. Arrascaeta joga fora a chance de virar um ídolo com a camisa de Cabuloso, a saída pela porta dos fundos só demosntra o quão está mal orientado. Digo mais os times de Minas tem que parar de sujeitar as vontades dos times do Rio e SP, que se julgam melhores que todos!

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    1. Discordo muito, não são poucos os ídolos que tivemos, ex.: Niginho, depois o maior de todos Tostão, seus contemporâneos, Dirceu Lopes, Zé Carlos, Evaldo, Natal, Raul, Ilton Oliveira e outros, Joãozinho, Palhinha, Nelinho, Roberto Batata, Eduardo, Nonato, Ricardinho, Douglas, Dida, Sorin, Alex, Ronaldo, e muitos outros mais recentes

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  2. Lamentável...o Arrascaeta poderia ter forçado a saída dentro da ética, do respeito e sair pela porta da frente, dignamente. A torcida entenderia que ele teve uma grande proposta. Afinal, a vida de jogador de futebol é curta. Que ele vá com Deus e os urubus fo flamengo....o Cabuloso seguirá ganhando títulos!

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  3. Nunca foi quem carregou o time. Nunca foi quem chamou a responsabilidade para si. Nunca foi tão identificado assim com a torcida. Aliás, nas suas entrevistas em todo tempo sempre notei uma postura de olhar distante, de quem nunca quis se comprometer, se envolver realmente, de quem sempre se achou maior que o clube que estava, sempre se achou "jogador da Europa...". Nunca foi. Nem é ainda. E talvez nunca venha a ser. Somente ano passado é que veio a se estabilizar, nem titular absoluto era, nunca foi unanimidade.
    Trocaria o Arrascaeta por 10 milhões de Euros, sem pestanejar.

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  4. Minha opiniao traidor quem se vende por muito se vende por pouco ou e honesto ou e safado ele e safado não deu valor quem ajudou ele se reconhecido pois o cruzeiro e e sempre será maior que quakiwrq um jogador

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  5. Aposto que a maioria que está comentando trocaria seu emprego por outro com salário 3 vezes maior. Isto é ter o trabalho valorizado. Os pais de família sabem o que estou falando. Não sejamos hipócritas! Todos precisamos de dinheiro. Qualquer um que receber uma oferta profissional verdadeiramente melhor para sua vida, vai aceitar. Não vivemos de paixão. Isto não enche barriga.

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    1. Palhaçada essa postura de um jogador que se diz profissional. Lamentável.

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    2. A questão nem é essa, claro que um salário desse abala. A única coisa que a gente espera é respeito, respeito por ter sido o clube responsável por catapultar a carreira dele, e respeito com a torcida que sempre o acolheu muito bem. Feio foi não ter vindo aos treinos, não ter honrado o compromisso do contrato. O problema não foi sair pelo dinheiro, o problema foi a falta de respeito com a instituição.

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    3. O cara ganha 550 mil reais ! SÓ QUERÍAMOS QUE ELE saísse pela porta da frente.

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  6. Não crítico o Arrascaeta por ter saído do Cruzeiro, mas pela forma como saiu, se tivesse sido ético, voltado ao clube, aberto o jogo e conversado, provavelmente não haveria outra alternativa que não fosse a venda, pois o salário triplicou e o jogador quis ir embora, mas não precisava ter sido da maneira que foi, desse jeito saiu sem respeito e carinho do torcedor e até mesmo dos outros profissionais, da forma ética teria saído com respeito e ainda manteria o status de ídolo. Mas fazer o que né, a situação apenas espelhou a fragilidade emocional do jogador e a fragilidade moral de seu empresário.

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  7. Sair do Cruzeiro ou de qualquer time é algo normal. A forma e postura é que irritam. Não teve uma atitude profissional. Não se apresentar foi ato infantil. Já vai tarde.

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    1. Concordo plenamente, ninguém é de ninguém, porém contrato é contrato e deve ser respeitado por ambas partes, no caso do Arrascaeta, ele é bom jogador, finaliza bem com a esquerda, com a direita, só não finaliza bem o seu contrato de trabalho e com a cabeça

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  8. Me lembro do Guerreiro ano repassado, caso idêntico, espero que tenha o mesmo sucesso que ele

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    1. Verdade... os caras de fora acham que o Flamengo é aquilo tudo e se encantam... vamos aguardar!!

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  9. Bom jogador e só...a fila anda...

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  10. Acho que não dá para comparar com outros ídolos. Estamos em outros tempos e o dinheiro hoje fala mais alto nenhum jogador resiste. Espero que tragam o Rodriguinho, mineiro bom de bola elogiado por Mano, ou seja, é chegar e jogar. Diretoria tem seus débitos e deverá saber administrar essa grana. Enfim, outros se foram e o gigante CRUZEIRO continuou na sua sina de conquistar títulos.

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  11. Daria para incluir nesta lista os nomes de Ademir e Douglas nos anos 80, Ricardinho e Nonato nos 90... e precisamos olhar para frente pois temos no plantel nomes que sendo lapidados podem render ainda mais como Raniel e o próprio Lucas Romero que é um gigante. A possível chegada de Rodriguinho resolve o problema... é melhor na armação e no chute de média e longa distância. Encaixando o jogo com Thiago Neves e Robinho a coisa andará bem e não sofreremos a ausência. Um outro ponto... as barcas montadas neste modelo que o Flamengo está fazendo tendem a afundar... ontem vi uma escalação de um veículo que mostra um time muito vulnerável do meio para trás; e do meio para a frente quem vai ser escalado e o mais importante? quem fica no banco? Diego? Vitinho? Ribeiro? Arrascaeta? um campo minado para o Abelão andar... e tudo explodir em menos de um ano se os títulos não chegarem... Vamos esperar e rir... isso não está me cheirando bem!!

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