Empate no Horto


POR: JOÃO VITOR VIANA

As semifinais do Campeonato Mineiro foram iguais, ao menos, no resultado. Assim como o rival empatou mais cedo, por 1 a 1, contra a URT, no Mineirão, Cruzeiro e América também finalizaram o primeiro duelo no mesmo placar. Contudo, diferentemente do jogo das 11h, quando várias foram as oportunidades criadas, o jogo entre Raposa e Coelho foi bem mais minguado. O América teve mais oportunidades, quase surpreendeu no fim, mas parou nas boas defesas do goleiro Rafael, o melhor em campo.

O jogo

O primeiro tempo não foi muito bom. Diferentemente do que alguns repórteres viram e até postaram no Facebook e Twitter, vi um Cruzeiro bem diferente do que esteve em campo na quinta-feira, diante do São Paulo. Time que não finalizou, que não foi eficiente. O América foi mais objetivo. A Raposa não conseguiu focar e nem jogou para decidir. Ficou nessa de ter o regulamento debaixo do braço e isso foi um erro grande. Por mais que o Cruzeiro tenha chegado no início, deu espaço para o América, que cresceu no jogo e teve as melhores oportunidades. Rafael foi muito bem e responsável pelo zero não ter saído do placar.

A fim de mudar o cenário da primeira etapa, na volta do intervalo, o técnico Mano Menezes colocou Henrique em lugar de Mayke, um dos jogadores mais fracos do primeiro tempo. Nessa troca, Henrique voltou a ser capitão do Cruzeiro, tendo a faixa sendo, então, repassada por Manoel, que iniciou o jogo no posto.

Mas a modificação não surtiu efeito. Parecia que os jogadores não estavam se importando muito com a partida. Tanto que nos primeiros 15min da segunda etapa, nada aconteceu. A cabeça dos caras parecia estar no jogo de volta da Copa do Brasil. E tanto parecia, que o América, time limitado, mas que martelava= dentro do possível, abriu o marcador, com Messias, após cobrança de escanteio de Gerson Magrão.

O gol acordou o Cruzeiro, que minutos depois empatou, com Thiago Neves, escorando bela jogada de Diogo pela esquerda. O fogo que o jogo teve, acabou arrefecendo aos poucos, até se apagar, no apito do árbitro. Contudo, antes do final, o Coelho teve duas chances de marcar: uma com Blanco e outra com Mike, A última, do atacante americano, foi defendida de forma monumental por Rafael, que garantiu o empate e a vantagem do Cruzeiro para o próximo jogo. Mais do que isso, a invencibilidade no ano, que não foi abalada.

O jogo deste domingo serviu para o Cruzeiro ver que não pode achar que é melhor, que pode fazer o gol quando quer e que vai ganhar fácil de todo mundo. Precisa de humildade, focar na partida e esquecer outros compromissos. Se jogar como jogou diante do América ante o São Paulo, vai passar maus bocados. Vamos, Cruzeiro! Saia da zona de conforto! Empate com certo sabor de vitória. Futebol mesmo, ficou em São Paulo.

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